quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Peixes são monitorados no Recanto Ecológico Rio da Prata

Nos dias 24, 26 e 27 de setembro, estiveram presentes no Recanto Ecológico Rio da Prata (Jardim – MS), um grupo de pesquisadores de ictiologia para implementação de uma nova linha de pesquisa dentro da RPPN Cabeceira do Prata.

A equipe é coordenada pela Bióloga Dra Lisiane Hahn e também pelo Biólogo Dr José Sabino, e a pesquisa da continuidade ao Projeto Peixes de Bonito.

A Pesquisa

A pesquisa consiste no método de telemetria de peixes, em especial no Dourado (Salminus brasiliensis), através da implantação de um transmissor no ventre do animal. Este transmissor emite ondas de rádio em determinada frequência a cada 05s durante um período de dois anos.

A escolha do Dourado como espécie chave deste estudo se dá pela importância ecológica deste animal dentro do ecossistema. É um predador de topo, controlador da população de outras espécies, bioindicador, e também uma das espécies mais cobiçadas no mundo da pesca. Em alguns lugares como, por exemplo, Corumbá (MS), a pesca do Dourado está proibida mesmo fora do período de piracema.


A implantação do transmissor no peixe é feita através de um pequeno processo cirúrgico onde há toda uma ética envolvendo o bem estar animal, utilizando sedativos. O transmissor é envolvido por uma membrana biocompatível evitando assim maiores danos e rejeição do material pelo corpo do animal.


 A pesquisa tem como objetivo analisar e interpretar os dados de deslocamento destes animais, buscando entender melhor a dinâmica espacial dos mesmos. Será que estes dourados presentes aqui no Rio da Prata e no Rio Olho D`Água transitam também nos rios de maior porte como o Miranda e Paraguai? Para onde vão estes animais no período reprodutivo? Os dados obtidos através da pesquisa poderão responder estas e outras perguntas.

A pretensão do projeto é marcar pelo menos 15 exemplares e montar uma base fixa na fazenda para a coleta destes dados.

De acordo com a Drª Lisiane, referência nesse trabalho também em outros lugares do país, há registros na região sul de indivíduos que se deslocaram por 700km do ponto onde foram marcados.

Assim através dos dados obtidos na pesquisa, irão surgir dados precisos sobre a dinâmica do sistema biológico como um todo colaborando para a conservação da Biodiversidade local e regional.

Além da Drª Lisiane e do Drº José Sabino a equipe era composta por mais duas acadêmicas de graduação: Lilian Ottoni e Carla Kovalsk, uma de doutorado Mariza Silva para auxiliar em todos procedimentos e um pescador profissional Mauricio Gomes para captura dos exemplares.  Durante o tempo que estiveram em campo, à equipe também foi acompanha pelo Biólogo e colaborador do Grupo Rio da Prata Thyago Sabino.

Junto com o grupo de pesquisadores também estava presente no atrativo a Repórter Cláudia Gaigher e sua equipe de filmagem. Cláudia faz parte da equipe da TV Morena, afiliada a Rede Globo de Televisão e veio realizar uma cobertura de todo processo que envolve a pesquisa para produção de uma matéria que tem como pretensão ser divulgada a nível nacional, uma vez que este tipo de pesquisa é inédito na região.


Informações Thyago Sabino e Elusa Prado (Colaboradores Grupo Rio da Prata)

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