A colonização do Brasil, como todos sabemos, começou pelo litoral. Nos primeiros séculos de colonização, a miscigenação de índios e colonizadores no litoral do sudeste brasileiro fez surgir uma nova etnia, os caiçaras. Devido principalmente às dificuldades de acesso nessas serras, estuários e litorais acidentados, e pelo ímpeto desbravador dos primeiros exploradores, logo o desenvolvimento das grandes cidades se deu em outras áreas. Ficando assim, uma grande parte dessas primeiras áreas exploradas com caiçaras e índios.
Os caiçaras mantiveram, em grande parte, a forte característica indígena da relação com a natureza que alterna pesca com agricultura de subsistência. Uma relação harmônica com os recursos naturais, utilizando-os apenas na medida necessária.
Hoje, no entorno das comunidades caiçaras, é onde se encontram os maiores trechos preservados de floresta atlântica e algumas das principais áreas protegidas do Brasil. Num momento em que repensamos nossos hábitos, e que, mais do que em qualquer outra época da história, nos preocupamos com o futuro da humanidade e do planeta, eu fico me perguntando: O que os caiçaras tem para nos ensinar?
Nos últimos 14 anos tive o privilégio de conviver com algumas dessas comunidades em diversas situações. Posso afirmar que um dos maiores aprendizados da minha vida até hoje é o da simplicidade caiçara. Já presenciei “turistas” que olham de cima para baixo para essas pessoas, com suas “lentes” de shopping centers e tecnologias, incapazes de enxergar a grandiosidade daquela oportunidade de convivência.
Observando um caiçara autêntico (termo que utilizo para designar aqueles que preservam suas raízes e heranças culturais), somos nós capazes de aprender com seus hábitos peculiares de estar atento com a direção do vento? De perceber os movimentos das marés? De reconhecimento dos sinais dos cardumes pelo movimento da superfície? De acordar cedo e assistir ao nascer do sol embarcado? Com sua reunião familiar e o costume de contar e preservar histórias? E educar seus filhos para a relação com a natureza mostrando que o pé descalço na areia e a água do mar é sua fonte de vitalidade?
Se observarmos os resultados dos caiçaras, dando o devido peso aos valores sociais que mais crescem à medida que ganhamos consciência, eu diria que ainda precisamos nos desenvolver bastante para alcançá-los em muitos aspectos. Alguns deles são as capacidades de ser feliz, de cultivar valores familiares e de manter os recursos naturais para as gerações futuras.Na sua próxima visita à simplicidade abra seu olhar e sua mente e note quantas áreas da sua vida essa experiência pode iluminar.
Por Daniel Spinelli
Diretor da PS Treinamento Empresarial, empresa que aplica programas de desenvolvimento de lideranças, em áreas litorâneas, gerando renda para estas comunidades, oferecendo excelentes resultados práticos. Daniel também é consultor de desenvolvimento humano e vice-presidente da ABETA (Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura).
Maiores informações: http://www.pstreinamentoempresarial.com.br/; daniel@pstreinamentoempresarial.com.br.
Os caiçaras mantiveram, em grande parte, a forte característica indígena da relação com a natureza que alterna pesca com agricultura de subsistência. Uma relação harmônica com os recursos naturais, utilizando-os apenas na medida necessária.
Hoje, no entorno das comunidades caiçaras, é onde se encontram os maiores trechos preservados de floresta atlântica e algumas das principais áreas protegidas do Brasil. Num momento em que repensamos nossos hábitos, e que, mais do que em qualquer outra época da história, nos preocupamos com o futuro da humanidade e do planeta, eu fico me perguntando: O que os caiçaras tem para nos ensinar?
Nos últimos 14 anos tive o privilégio de conviver com algumas dessas comunidades em diversas situações. Posso afirmar que um dos maiores aprendizados da minha vida até hoje é o da simplicidade caiçara. Já presenciei “turistas” que olham de cima para baixo para essas pessoas, com suas “lentes” de shopping centers e tecnologias, incapazes de enxergar a grandiosidade daquela oportunidade de convivência.
Observando um caiçara autêntico (termo que utilizo para designar aqueles que preservam suas raízes e heranças culturais), somos nós capazes de aprender com seus hábitos peculiares de estar atento com a direção do vento? De perceber os movimentos das marés? De reconhecimento dos sinais dos cardumes pelo movimento da superfície? De acordar cedo e assistir ao nascer do sol embarcado? Com sua reunião familiar e o costume de contar e preservar histórias? E educar seus filhos para a relação com a natureza mostrando que o pé descalço na areia e a água do mar é sua fonte de vitalidade?
Se observarmos os resultados dos caiçaras, dando o devido peso aos valores sociais que mais crescem à medida que ganhamos consciência, eu diria que ainda precisamos nos desenvolver bastante para alcançá-los em muitos aspectos. Alguns deles são as capacidades de ser feliz, de cultivar valores familiares e de manter os recursos naturais para as gerações futuras.Na sua próxima visita à simplicidade abra seu olhar e sua mente e note quantas áreas da sua vida essa experiência pode iluminar.
Por Daniel Spinelli
Diretor da PS Treinamento Empresarial, empresa que aplica programas de desenvolvimento de lideranças, em áreas litorâneas, gerando renda para estas comunidades, oferecendo excelentes resultados práticos. Daniel também é consultor de desenvolvimento humano e vice-presidente da ABETA (Associação Brasileira de Empresas de Turismo de Aventura).
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