terça-feira, 17 de março de 2009

As reservas legais preservam as maiores riquezas do país

O mundo está atento à preservação de biomas, hoje alvos de regulações e leis que os protegem. Conviver com este cenário - e cultivar a consciência ambiental - é uma das missões reservadas aos produtores rurais.


Riquezas às quais todos estão atentos quando o assunto é sustentabilidade socioambiental quem, além de conservar biomas continentais, como os seis geograficamente definidos no Brasil – Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa, Pantanal -, transformam-se hoje em poderoso instrumento competitivo no mercado nacional e internacional. O mundo quer negociar com quem tem a consciência de que respeitar o meio ambiente é garantir à terra níveis de produtividade capazes de suprir as necessidades (de hoje e do futuro) de alimentos, biocombustíveis e energia.

Na definição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, “bioma é um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelos agrupamentos de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta uma diversidade biológica própria”. É assim com o Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, que se estende por dez estado e é rota de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Tocantins, São Francisco e Prata. Além de uma importante diversidade de microorganismos, acolhe mais de 700 espécies de aves, cerca de dez mil espécies de plantas, 180 espécies de répteis, mais de 190 mamíferos, mil espécies de borboletas, só para citar alguns exemplos da riqueza da biodiversidade ali embutida.

Biomas Amazônia e Mata Atlântica

Mundo das águas, o Bioma Amazônia ocupa 49,29% do território brasileiro. São 4,1 milhões de km², que abrigam mais de um terço das espécies da flora e da fauna catalogadas no mundo.

Jequitibás-rosa (que podem chegar a 40 metros de altura e quatro de diâmetro), ipês e pau-brasil fazem sombra a micos-leões, lontras, onças-pintadas, antas, veados e cotias: cenários ainda possíveis na Mata Atlântica, que, quando os portugueses chegaram ao Brasil, se estendia por 1,3 milhão de km². Restam hoje 7% da área original. A Amazônia é considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, UNESCO, como patrimônio ambiental da humanidade. O segundo bioma citado, a Mata Atlântica, ainda é fonte de descobertas de novas espécies animais e vegetais.

A Caatinga

“A riqueza natural e social da Caatinga é importante patrimônio ambiental e cultural do Brasil”. Assim se manifesta a Embrapa, entidade para a qual a conservação e o uso desse bioma devem ser estudados em benefício da sociedade. Cerca de 20 milhões de pessoas vivem na região coberta pela Caatinga, mata branca para os indígenas, que ocupa quase 10% do território nacional, abrangendo os estado do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerias. Mandacaru e juazeiro, umbu, aroeira. Sapo-cururu, gambá, asa-branca, veado-catingueiro, tatu-peba. Brejos onde se produz alimentos e frutas. É assim que a Caatinga que quer ser mantida.

O Pantanal e os Pampas

Iniciativa privada, entidades governamentais, ONGs e outros representantes da sociedade civil vêm procurando conciliar, no entender da Embrapa, atividades econômicas tradicionais (pecuária de corte, pesca e,mais recentemente, o agroturismo) com a necessidade de conservação do Pantanal, considerado um dos mais valiosos patrimônios naturais do Brasil, cujas riquezas estão expostas no Mato Grosso do Mato Grosso do Sul.

O manejo sustentável dos recursos naturais também é o foco do trabalho da Embrapa no Bioma Pampa, desenhado entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre as paisagens típicas estão os banhados, ecossistemas alagados com densa vegetação de juncos, gravatás e aguapés que criam um habitat ideal para uma grande variedade de animais como garças, marrecos, veados, onças pintadas, lontras e capivaras.

Fonte: Bunge

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