terça-feira, 11 de setembro de 2012

História de uma muda: Amendoim bravo – Pterogyne nitens


Demos início no dia 27 de agosto à uma nova seção em nosso Blog. Trata-se da "História de uma Muda", nas qual mostraremos o desenvolvimento de algumas espécies cultivadas no viveiro do Recanto Ecológico Rio da Prata (Jardim-MS).

Recebemos novas informações do Amendoim bravo (Pterogyne nitens), descritas pelo Engenheiro Ambiental do Grupo Rio da Prata, Osvaldo Esterquile Júnior.

Confira:

Amendoim bravo Pterogyne nitens árvore semicaducifólia, ou seja, perde parte de suas folhas em períodos secos e atingi 10 a 15 metros de altura.

A dispersão de suas sementes são principalmente barocórica (por gravidade) e anemocórica (pelo vento), isso devido ao formato das sementes serem parecidas com um passarinho possuindo ala, uma espécie de asa que com o sopro dos ventos se desprendem da matriz rodopiando no ar há alguns metros de distância até chegar ao solo.   

As sementes persistem muito tempo na árvore e é importante coletá-las na época apropriada, no caso de Mato Grosso do Sul de agosto a novembro.

No viveiro de mudas nativas da RPPN Cabeceira do Prata logo após a coleta das sementes levamos para o plantio, como forma de beneficiamento para facilitar a germinação, retiramos a casca em formato de passarinho que envolve a semente. Logo após, com o tubete preenchido com solo preparado (50% compostagem peneirada e 50% solo da região) colocamos a semente em aproximadamente 3 centímetros de profundidade e cobrimos com húmus.

Uma curiosidade é que o húmus e a compostagem que utilizamos são produzidas na própria fazenda.
A germinação da amendoindeira é muito rápida, nos primeiros oito dias várias semententes começaram a acordar estourando o solo e se mostrando na superfície, algumas mais espertas, com os mesmos oito dias já estavam de cabeça erguida. Veja as fotos: 




Com dez dias demonstram seus cotilédones em uma imagem que mais parece espreguiçar (Fotos abaixo).



Aos 33 dias o sistema aéreo começa a surgir.


E aos 38 está pronta, como um filhotinho pequenino, uma réplica perfeita da árvore mãe. 


Agora é só nutrir e desenvolver o sistema radicular e ao atingir 3 a 4 meses estão prontas para serem liberados no solo para seu crescimento livre. 

Informações:
LORENZI,H. 1992. Árvores Brasileriras. Ed Plantarum, Nova Odessa, 370p.
CARVALHO,P.E.R. 2003. Espécies Arbóreas Brasileiras, Brasília, Embrapa: Informações Tecnológicas.

Um comentário:

Unknown disse...

Vocês retiram a semente do interior da casca e plantam ou apenas escarificam a casca?